Publicado pela edição on-line da revista Angle Orthodontist, um estudo brasileiro revela que aparelhos ortodônticos submetidos a processos de corrosão e de ciclagem liberam íons de níquel, cromo e ferro que são incorporados ao esmalte dentário, o que leva a alterações da cor dos dentes. A pesquisa foi desenvolvida como trabalho de mestrado de Lucio Henrique Gurgel Maia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sob orientação da professora Mônica Araújo.
A orientadora Mônica Tirre de Souza Araújo, professora associada de Ortodontia do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UFRJ, revelou que a desmineralização e remineralização do esmalte causado na pesquisa, ocorre de maneira semelhante a condição do ambiente bucal de pacientes que não tem higiene eficiente.
“Nesses pacientes, também há maior suscetibilidade à biodegradação dos bráquetes ortodônticos com consequente liberação de metais devido ao acúmulo de micro-organismos acidogênicos ao redor dos bráquetes. Observamos em nosso experimento que, com o processo de ciclagem, essas partículas metálicas podem ser incorporadas ao esmalte dentário”, afirma.
Fonte: Agência Notisa.